Área:
321,9 Km2
População:
5289 habitantes
Densidade Populacional:
16,4 hab./Km2
Aglomerados Populacionais:
Aivados, Almeirim, Casével, Castro Verde, Estação de Ourique, Geraldos, Monte Cerro, Namorados e Piçarras.
Atividades Económicas na Freguesia:
Agricultura, Construção Civil, Comércio Retalhista e Restauração, Serviços, Atividade Mineira.
Festas Tradicionais
Castro Verde:
Romaria de São Miguel (2º fim de semana de maio); Comemorações do Feriado Municipal (29 de junho); Festas de Castro, Festival “Sabores do Borrego” (abril), Procissão de Nossa Sra. da Conceição (8 de dezembro).
Casével:
Feira de Casével (3º Domingo Maio), Festas de S. João (24 junho); Festas Anuais da Vila (agosto);
Feiras:
Feira de São Sebastião ou do Pau Roxo (20 de janeiro); Feira de maio (5 de maio); Feira de Castro (3º fim de semana de outubro).
Contactos:
Edifício da Junta de Freguesia de Castro Verde
Praça do Município, nº 3 7780-217 Castro Verde
Tel.: (+351) 286 327 277
Email: geral@uf-cvc.pt
Edifício da Junta de Freguesia de Casével
Rua da Estlagem,5 7780-020 Casével
Tel.: (+351) 286 944 142
Email: geral@uf-cvc.pt
União de Freguesias de Castro Verde e Casével
A extinção das freguesias de Castro Verde e Casével e a sua agregação numa só, como consequência da reorganização administrativa do território das freguesias aprovada pela Assembleia da República (Lei n.º 56/2012 de 8 de novembro e Lei n.º11-A/2013 de 28 de janeiro) aconteceu a 29 de setembro de 2013, data em que se realizaram as eleições autárquicas para o mandato 2013-2017, em Portugal.
Esta extinção / agregação foi alvo de grande contestação por parte da Assembleia Municipal e Câmara Municipal de Castro Verde e dos executivos e assembleias de ambas as Juntas de Freguesia, por ser uma medida que desacreditou toda a filosofia inerente ao Poder Local Democrático em Portugal.
Castro Verde
É muito provavelmente com a chegada dos romanos à região, há cerca de dois mil anos, que se dá o início da ocupação de Castro Verde. Tradicionalmente, o seu topónimo, “Castrum Veteris” (associado à instalação aqui de um acampamento militar romano) advém-lhe exatamente desse período rico para a história de toda a região, mas que dá continuidade à estrutura económica que desde cerca de 1000 a.C. trouxe à região comunidades de pastores e mineiros em busca das pastagens ricas e dos afloramentos metálicos do Campo Branco e da Faixa Piritosa.
A vila de Castro Verde obteve foral de D. Manuel I, em 20 de setembro de 1510, mas o território do município só fica definitivamente traçado em meados do século XIX.
A nível arquitetónico é de destacar, em particular, o património religioso, nomeadamente a Basílica Real ou Igreja Matriz, construída em 1713, cujo interior é todo revestido com azulejos setecentistas policromados, alusivos à lendária Batalha de Ourique, onde se encontra instalado o Núcleo Museológico denominado Tesouro da Basílica Real. Bem perto desta igreja, no início da Rua D. Afonso I, encontra-se um outro espaço religioso dedicado a Nossa Senhora dos Remédios, a Igreja das Chagas do Salvador, onde é possível visitar algumas telas setecentistas. O Museu da Lucerna é outro polo de divulgação do património de Castro Verde que importa visitar.
Castro Verde é muito conhecida pela sua secular feira de outubro: A Feira de Castro. A maior feira do Sul. Funciona como centro de negócios para os concelhos vizinhos e recebe anualmente milhares de visitantes que aqui se deslocam para viver a última grande feira do Sul. De origem medieval, tem em Filipe II o seu grande impulsionador, quando em 1620, decreta que as receitas da feira sejam utilizadas nas obras da Igreja das Chagas do Salvador na Vila de Castro Verde.
Por ser sede de concelho e por aqui residir mais de 50% da sua população, Castro Verde está equipado com um conjunto de infraestruturas de interesse municipal. A vila registou um crescimento populacional nas últimas décadas, surgiram novos bairros, onde se respeita o “urbanismo do Sul”, bem como novos espaços de lazer, que refletem a preocupação da valorização ambiental urbana, onde a arte pública tem um papel de destaque.
Casével
Distando cerca de 10 km de Castro Verde, Casével recebeu foral de D. Manuel I a 20 de setembro de 1510 e foi sede de concelho até 1836, altura em que passou a pertencer ao concelho da Messejana. Só a 24 de outubro de 1855 foi incluída no concelho de Castro Verde.
Ao nível do património artístico, São João Baptista de Casével, possui uma peça única de ourivesaria com mais de oitocentos anos, a célebre cabeça-relicário de S. Fabião. É uma cabeça em tamanho natural, toda em prata, contendo no seu interior um crânio humano que se “diz” ser do papa e mártir do Cristianismo, S. Fabião. Reza a história que esta relíquia veio para Portugal no século XIII, pela mão da princesa D. Vataça Lescaris. A peça pode ser apreciada na exposição do Tesouro da Basílica Real de Castro Verde.
Na Vila de Casével existe uma boa oportunidade de contactar com o cante alentejano e a gente que lhe dá voz, graças à Associação de Cante Alentejano “Vozes das Terras Brancas”, que dinamiza o grupo coral “Vozes de Casével” e tem aberto ao público a sede da Associação, que fica junto ao Largo da Praça, e onde se pode ouvir cantar, petiscar e apreciar um vasto conjunto de utensílios ligados à tradição etnográfica da antiga freguesia. Localidade harmoniosamente encaixada na paisagem, não deixa de ser interessante um passeio a pé pelas suas ruas estreitas e frescas e admirar a extraordinária peça em ferro que ilustra a entrada da vila de Casével, homenageando os grupos corais e o cante alentejano.