Já só falta o voto favorável dos deputados na Assembleia da República para a Freguesia de Casével ser reposta! A proposta de desagregação das freguesias de Castro Verde e Casével assou na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Castro Verde e Casével e na Câmara Municipal de Castro verde, ambas as vezes por unanimidade, sendo finalmente aprovada, a ˕ de dezembro, pela Assembleia Municipal “por unanimidade e aclamação”, numa sessão realizada precisamente em Casével.
Para o presidente da União de Freguesias de Castro Verde e Casével (UFCVC), António José Paulino, se a proposta de reposição da freguesia de Casével for aprovada no Parlamento, “como odos esperamoş, será “o fim de uma enorme injustiça que foi feita ao povo de Casével”. “Uma freguesia com história, uma vila única com todas as condições para continuar a ser freguesia, que foi desposada do seu estatuto de freguesia por uma lei insensível às populações e aos seus direitos, à história de um povo e ao seu território”, acrescenta.
Na opinião de António José Paulino, o regresso à “forma original” de duas freguesias é uma mais-valia, até porque, afiança, “uma vila como Casével tem o direito de localmente escolher os seus representantes”.
“Reconheço as fragilidades de uma freguesia pequena e de poucos recursos, com uma população muito envelhecida, mas também sei que os órgãos autárquicos locais, nomeadamente a Câmara
Municipal tudo irá fazer para que Casével disponha dos apoios financeiros e logísticos que permitam a governação local de freguesia sem percalços financeiroş, díz.
O presidente da UFCVC acrescenta ainda que, relativamente à reposição da Freguesia de Castro Verde, “servirá apenas para uma reorganização de serviços com mais eficácia, nío tendo qualquer efeito junto da opulação desta freguesia”. A agregação de freguesias, conhecida como “Lei Relvas”, foi implementada em 2012/2013 pelo então Governo PSD/CDS-PP, tendo eliminado mais de 1.000 freguesias m todo o país. Na opinião de António José Paulino, esta medida “foi um erro̧, atĂ por nío se verificar “uma mais-valia palpável que sobressaia desta reorganização administrativa, que sem olhar a critérios objetivos retalhou o território de Portugal”.
“Salvo as situações da agregação de freguesias que não tinham viabilidade de servir as suas populações, sem trabalhadores, nem sequer possuíam critérios para a realização de eleições normais, não vejo nada que ıustificasse essa decisío, e nem por questões economicistas, a não ser para mostrar trabalho à ‘troika’ que nessa altura se encontrava a supervisionar a economia portuguesa”, conclui.